
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou o psiquiatra Rafael Pascon dos Santos pelos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável, cometidos, segundo a investigação, contra pacientes durante consultas psiquiátricas em Marília. O médico está preso preventivamente desde o dia 22 de outubro na Penitenciária 2 (P2) de Gália.
A denúncia foi apresentada após a conclusão do inquérito conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, que indiciou o profissional 16 vezes por importunação sexual e duas vezes por estupro de vulnerável.
Mesmo com o inquérito encerrado, novas denúncias continuam surgindo. Nesta quarta-feira (5), uma mulher procurou novamente a DDM para relatar ter sido vítima de abuso durante uma consulta com o psiquiatra. Com esse novo registro, o número de casos apenas em Marília chega a 19.
A atuação do médico também é investigada em outras cidades da região. De acordo com a Polícia Civil, foram registradas 11 ocorrências no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Garça e uma em Lins, totalizando 31 acusações até o momento.
Rafael Pascon foi preso após se apresentar espontaneamente à Polícia Civil, acompanhado por advogados. Ele passou a noite na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília e, no dia seguinte, foi transferido para a penitenciária de Gália. A defesa entrou com pedido de habeas corpus, mas a Justiça manteve a prisão preventiva.
Mesmo com o inquérito formalmente concluído em Marília, a Polícia Civil mantém as investigações abertas para acolher novos depoimentos e possíveis vítimas que ainda não registraram ocorrência.
A defesa do médico nega as acusações. O caso segue em segredo de Justiça.
Veja abaixo a série de reportagens do Garça em Foco sobre o caso: