
O psiquiatra Rafael Pascon dos Santos, de 43 anos, está preso desde o dia 22 de outubro na penitenciária de Gália e deve ser ouvido nesta quinta-feira (30) pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Marília, por meio de videoconferência.
Pascon é acusado de crimes sexuais contra ex-pacientes e responde a 19 denúncias somente em Marília, sendo duas por estupro. Há ainda sete acusações em Garça e uma em Lins, totalizando 27 denúncias registradas em três cidades diferentes. As vítimas têm idades entre 17 e 65 anos, e os casos teriam ocorrido entre 2011 e 2025.
A delegada Darlene Rocha Costa Tozin, titular da DDM, confirmou que novas denúncias surgiram após a prisão do médico: “Recebemos mais três relatos em Marília e uma nova acusação em Garça. A prisão fez com que mais vítimas tivessem coragem de procurar a polícia”, afirmou.
O depoimento desta quinta-feira deve ser uma das últimas etapas antes do encerramento do inquérito, cujo prazo termina nesta sexta-feira (31). O médico pode prestar esclarecimentos ou optar pelo direito de permanecer em silêncio.
Além das denúncias em Marília, Pascon também é investigado em Garça, onde atuava em serviços públicos de saúde. A DDM de Garça informou ao Garça em Foco que, até o fechamento desta reportagem, não houve novas queixas formais no município e que não há previsão para ouvir o psiquiatra. O total de denúncias registradas em Garça permanece em sete casos.
De acordo com os relatos reunidos pela polícia, as vítimas descrevem condutas inapropriadas durante atendimentos, incluindo toques, abraços, beijos e comentários de cunho sexual. A defesa do médico nega todas as acusações e classificou a prisão como “motivo de perplexidade”.
Caso as investigações confirmem as suspeitas, Rafael Pascon poderá ser indiciado por estupro e importunação sexual.
Veja abaixo a série de reportagens do Garça em Foco sobre o caso: