O nosso amigo e leitor José Carlos de Oliveira, o conhecido “Fanta”, santista de “quatro costados, ou será pelesista?” nos enviou uma bonita foto do Garça FC com os seguintes dizeres: “Uma recordação do grande time do Garça, onde está o Pedroso, um senhor de um zagueiro, que quando eu ia ver o Garça jogar, o Pedroso era um verdadeiro paredão lá atrás. Não passava nada, nem por cima, nem por baixo. Dava gosto ver jogar. Ele vestia e suava a camisa do Garça como ninguém. Merecia ter tido uma sorte melhor no futebol e ir jogar num time grande. Futebol para isto ele tinha”.
Assino embaixo Fanta. O Pedroso, que faleceu recentemente, foi um excepcional zagueiro. Jogava muito. Na minha opinião foi o melhor beque central da história do nosso futebol profissional. Mas o destino não quis que ele levantasse voos mais altos. Como sempre dizia o enigmatístico técnico Filpo Nunes, um argentino com destaques em times brasileiros: “Coisas del futebol”.
Voltando a foto, é o Garça, da temporada de 1973. Um forte time, que começou a ser montado no final dos anos 60. Viveu o auge no ano de 1971 e praticamente terminou naquele ano. Em pé da esquerda para direita: Chiquinho, Índio, João Luiz, Brito, Pedroso e Abegar. Agachados: Maurílio, Cláudio Belon, Pulga, Foguinho e Escurinho.
Neste ano o Garça terminou como vice-campeão da então segunda divisão paulista. Do lado de cá do interior o Garça foi campeão. Do lado de lá, região da capital de São Paulo, saiu o São José. O campeonato foi decidido em dois jogos. No primeiro, no Estádio Municipal “Frederico Platzeck” deu empate em 0 a 0. Depois, em São José dos Campos, o time da casa ganhou de 3 a 1 e foi campeão.
UM NOVO SÍMBOLO
Na temporada de 1973, o Garça também inovou quanto as cores do uniforme. Até então jogava com o tradicional e bonito azulão. Mas graças a opinião dos jogadores foi comprado um inovador: camisas brancas com listras em azul, calção azul e meião branco. E um detalhe quanto ao símbolo: no azulão era “GFC”, que foi mudado para uma ave, simbolizando uma garça pisando na bola.
Os idealizados foram os jogadores Chiquinho (goleiro) e Foguinho (meio campista). Agradou em cheio os torcedores. De fato este, era um time bom de bola e muito unido. E pelo que notamos a amizade entre estes jogadores continua em alta, até os dias de hoje, decorridos em torno de 47 anos. Não faz muito tempo, o goleiro Chiquinho, que está morando em Bauru, se deslocou até Vera Cruz para reencontrar o bécão Pedroso (foto). Passaram um dia inesquecível, recordaram muitas histórias dos tempos que foram jogadores profissionais. Dos grandes momentos vivenciados no Garça, time que marcou a carreira dos dois, e que eles guardam com muito carinho no coração.
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