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Maradona e os jogos contra o Brasil

Na sua coluna, Tico Cassola recorda o primeiro triunfo de Maradona em cima da Seleção Brasileira, que curiosamente teve dois jogadores marilienses envolvidos: Márcio Rossini e Jorginho Putinatti.

07/12/2020 às 09h19
Por: Francisco Alves Neto Fonte: Da redação
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Maradona e os jogos contra o Brasil

O assunto predominante na mídia esportiva desde o último dia 25, está sendo a morte do ex-craque da bola Diego Maradona. E são muitas as controvérsias, que está e vai continuar dando muito “pano pra manga”, para o já considerado “maior jogador argentino de todos os tempos”. Um gênio dentro dos gramados, com “la pelota” nos pés, porém, fora muita polemica e bicudos na bola.

E como os assuntos aqui se resumem ao esporte, “bola pra frente”. Na semana passada falamos quando o goleiro garcense Waldir Peres anulou o craque argentino no jogo Brasil x Argentina, na Copa da Espanha, em 1.982. Hoje recordamos o primeiro triunfo de Maradona em cima da Seleção Brasileira, que curiosamente teve dois jogadores marilienses envolvidos: Márcio Rossini e Jorginho Putinatti. Ambos possuem grandes vínculos com a “boleirada” garcense, inclusive Márcio Rossini, foi técnico do Garça em meados dos anos 80.

Pois bem, segundo o jornalista Marcel Rizzo, a primeira vez que Maradona enfrentou o escrete canarinho, foi num Brasil x Argentina, no dia 31/01/1.979, jogo válido pelo Campeonato Sul-Americano Sub/20, realizado no Uruguai.

O xerifão Márcio Rossini teve a incumbência de parar Maradona, juntamente com o outro zagueiro Wagner Basílio, do Corinthians. Os dois sofreram um bocado. O técnico Mário Tavaglini pediu uma marcação cerrada. Não foi fácil não, segundo Márcio Rossini: “O Maradona estava acabando com o campeonato e sabíamos que já tinha jogado pela seleção principal (estreou no ano de 1.977, com apenas 16 anos). Era uma época que não tinha muitas informações como hoje, mas tínhamos essa referência”.

A nossa defesa teve muito trabalho para marcar o baixinho. O Maradona já era um jogador diferente. Ficava rabiscando ali no meio, pra lá e pra cá. Uma hora aproximei do lateral Lotti (Athlético/PR) e do volante Deinha (Santa Cruz) e falei: “olha, vamos chegar junto. Quando ele cair aí na direita, caímos de pau. E lá fomos nós, ele chegou perto da bandeirinha de escanteio, o Lotti e o Deinha foram, eu dei aquela chegada por trás, errei feio. Saiu não sei por onde, que estamos procurando até hoje”.

Veja Márcio Rossini na seleção. Em pé, da esquerda para direita: Batista e Márcio Rossini; Agachados: Careca e Pita. O outro mariliense Jorginho Putinatti (foto), recém negociado com o Palmeiras durante o Sul-Americano, mais comedido, também comentou o jogo: “Eu vinha me destacando, pelos gols. O Maradona era o cara do campeonato. A estratégia definida pelo Mário Tavaglini foi tentar colocar o Deinha, um volante forte, no homem a homem com o Maradona. Não deu certo. Todo o esquema foi feito para tentar para o Maradona e não deu. Ele estava num nível bem acima de todos os jogadores do campeonato”.

A Argentina venceu por 1 a 0, gol de Hugo Alves. No final do torneio o Uruguai terminou como campeão. A Argentina vice, o Paraguai ficou em terceiro. O Brasil terminou em quarto e ficou de fora do Mundial da FIFA daquele ano, disputado no Japão. Maradona foi considerado o melhor jogador, onde outros craques também despontaram: Romerito (Paraguai), Ramon Dias (Argentina) e Rubén Paz (Uruguai). Em seguida o craque argentino brilharia novamente no Japão, já como capitão, levantando a Taça Mundial Júnior.

Avançando mais no tempo, chegamos no dia 24 de junho de 1990, na Copa da Itália, onde Maradona venceu novamente e “despachou” o Brasil, em outro lance genial. No Estádio Delle Alpi, em Turim, jogo válido pelas oitavas de final, vitória da Argentina 1 a 0. Maradona pegou a bola antes do meio de campo e avançou, driblou Alemão, Dunga e Ricardo Rocha, e mesmo caindo, deu um passe magistral com o pé direito para Caniggia, que livre, driblou o goleiro Taffarel e marcou. Brasil eliminado. Não podemos esquecer que neste jogo teve o famoso caso da “água batizada”.

No total Maradona enfrentou a Seleção Brasileira (principal) em 6 jogos, com 1 vitória, 2 empates e 3 derrotas.  Marcou somente um gol, no empate de 1 a 1, na Copa de Oro dos Campeões Mundiais, ou “Mundialito”, de 1981, disputada no Uruguai. No outro flagrante os ex-craques da seleção brasileira, quando estão com a agenda livre, não perdem a oportunidade de jogar no times master do Pé de Cana. Da esquerda para direita: Jorginho Putinatti, Tico e Márcio Rossini, em jogo amistoso disputado na cidade de Lucianópolis.

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