16°C 31°C
Garça, SP
Publicidade

Gaúcho, um goleador nato

Tico Cassola conta a trajetória de um dos goleadores do Garça na década de 80: o centroavante Gaúcho

24/09/2021 às 15h16 Atualizada em 27/09/2021 às 17h07
Por: Francisco Alves Neto Fonte: Da redação
Compartilhe:
Em pé da esquerda para direita: Antônio “Biga” Marangão (presidente), Barbosa (preparador físico), Botinha, Mamela, Dinho Parreira, Osmar “Tanajura”, Júlio Tibério, Arengui e Jair Montemor (dirigente). Agachados: Tiana, João Luiz, Gaúcho, Reginaldo “Lingu
Em pé da esquerda para direita: Antônio “Biga” Marangão (presidente), Barbosa (preparador físico), Botinha, Mamela, Dinho Parreira, Osmar “Tanajura”, Júlio Tibério, Arengui e Jair Montemor (dirigente). Agachados: Tiana, João Luiz, Gaúcho, Reginaldo “Lingu

Dos grandes atacantes que passaram pelo Garça, não podemos esquecer do centroavante Odalgiro Ávila, ou simplesmente “Gaúcho”, que defendeu o “Azulão” na temporada de 1984. Naquele ano o “Azulão” estava retornando ao futebol profissional, e o presidente Antônio “Biga Marangão” montou um grande time. A sua meta era, além de dar alegrias ao torcedor garcense, subir de divisão da série A-III para A-II, como campeão ou vice.

O Gaúcho foi contratado pelo próprio presidente Biga Marangão, após negociar o passe com o Fhelipe Sheide, presidente do São Caetano. Chegou e resolveu o problema dos gols. Facilmente entrosou com os novos companheiros, e principalmente com o esquema que o técnico Bô armou para ele. Era ficar lá na frente, esperando os cruzamentos da linha de fundo, ora do Albino pelo lado esquerdo, do Reginaldo “Linguiça” ou Araújo, no lado direito. Pelo meio, sempre recebia aqueles passes precisos do meia direita João Luiz, ou dos lançamentos do experiente Canhoto.

Continua após a publicidade
Anúncio

Ao longo do campeonato gols de cabeça e de dentro da área, no melhor estilo Romário, é que não faltaram. De vez em quando até gols em cobranças de faltas. Com isto o Gaúcho caiu nos braços da torcida, e foi um dos trunfos do “Azulão” na conquista do acesso à série A-II. Um detalhe faz questão de ressaltar “na época tínhamos uma paixão pelo time. Colocávamos nossas chuteiras e nosso coração em campo”.

GOLS NO GARÇA:

Segundo o Gaúcho foi uma experiência única jogar no interior paulista e vestir a gloriosa camisa do Garça, no difícil campeonato da A-III.  Movido pelo desafio, topou a parada, numa temporada que marcou sua carreira. O elenco do Garça era muito bom. Começava pelo goleiro Mamela, passava pela zaga com Pilão, Arenghi e Dinho Parreira, um meio de campo com Airton Rocha, João Luiz e Canhoto, e terminava com Reginaldo (ou Araújo), Gaúcho e Albino.

O Gaúcho marcou o primeiro gol com a camisa do Garça, no dia 22 de abril de 1984 em cima do Oeste de Itápolis, na vitória por 2 a 0. O outro gol foi do incansável Airton Rocha.

Os gols mais importantes, que não saem de sua memória, foram na final do campeonato contra o Capivariano, jogo disputado no Estádio “Zezinho Magalhães”, em Jaú. O Garça fez 1 a 0, gol de Gaúcho, cobrando falta lá da intermediária. Com este gol, Gaúcho ganhou uma aposta do presidente Biga Marangão.

Só que o Capivariano empatou e levou a decisão para a cobrança de pênaltis, onde venceu e terminou como campeão. Mesmo vice, o Garça também subiu. Um acesso que, segundo ele, jamais será esquecido. No ano seguinte, o Gaúcho voltaria a ser campeão da Série A-III, defendendo o Grêmio Mauaense (na foto, segurando a bola).

Voltando ao Garça, ele disse que foi uma vitrine que teve no futebol. Jamais esquecerá da presença dos torcedores que lotavam o “Platzeck”, bem como da diretoria presidida pelo “Biga” Marangão, que sempre honrou os compromissos pagando em dia. Veja uma das formações do Garça. Em pé da esquerda para direita: Antônio “Biga” Marangão (presidente), Barbosa (preparador físico), Botinha, Mamela, Dinho Parreira, Osmar “Tanajura”, Júlio Tibério, Arengui e Jair Montemor (dirigente). Agachados: Tiana, João Luiz, Gaúcho, Reginaldo “Linguiça”, Canhoto e José Luiz (massagista).    

A CARREIRA:

Nascido na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Odalgiro Ávila ganhou o apelido de “Gaúcho” para o mundo do futebol. Tudo começou quando realizou uma “peneira” no juvenil do São Paulo, levado pelo treinador Milton Cruz. Depois daí, teve uma trajetória de sucesso no futebol brasileiro: em 1981, no Rio Verde, de Goiás; 82, Nacional, de Itumbiara; 83, Esporte Clube Sergipe; 84, Garça; 85, Grêmio Mauaense; 86, Primavera de Indaiatuba; 87, Portuguesa Santista (foto); 88, Chavantense; 89, Oeste, de Itápolis; 89, Quirinópolis, de Goiás.

Além de sempre marcar gols nos times que passou, também foi campeão no E.C. Sergipe, Mauaense e Portuguesa Santista. Na cidade praiana jogou ao lado de consagrados jogadores como Serginho Chulapa, Gilberto Sorriso, Neto, Dema, todos com passagens pelo Santos.

O acesso com o Garça, também comemora como mais um troféu de “campeão”. Encerrou a carreira ainda jovem, com apenas 29 anos de idade, quando estava no Quirinópolis. Recebeu uma proposta para jogar e trabalhar na montadora da Volkswagen, situada no ABC paulista.

DEPOIS DO FUTEBOL

Hoje o Gaúcho segue feliz curtindo a vida ao lado dos familiares e amigos. Está colhendo os frutos de sua paixão: o futebol. Graças a ele, depois de “pendurar as chuteiras” profissional, ingressou na empresa Volkswagen. Começou trabalhando como operacional, e foi galgando novas posições, crescendo na empresa, terminando na inspeção de qualidade. Foram 25 anos de dedicação, suor e muito trabalho. Até conquistar mais um outro importante título: a merecida aposentadoria.

Mas não parou de vez. Ainda trabalha com investimento no ramo imobiliário. Atualmente está morando em Avaré. Quando tem um tempo disponível, sempre acompanha um jogo de bola, torcendo pelo Santos. Ali no “peixe” está o seu ídolo no futebol, o atacante Marinho.

O Gaúcho está casado com a Teresa (foto). Faz questão de frisar “faz quarenta ano, a mesma esposa desde a época do futebol, a minha eterna paixão”. O casal tem duas filhas, a Tatiane e Pamela, os genros Diogo e Glauber, e três netas, Ana Luisa, Beatriz e Lívia. 

                                                               Wanderley “Tico” Cassola

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Recordar é Viver
Sobre o blog/coluna
Ver notícias
Garça, SP
17°
Tempo limpo

Mín. 16° Máx. 31°

16° Sensação
1.72km/h Vento
54% Umidade
0% (0mm) Chance de chuva
06h44 Nascer do sol
05h45 Pôr do sol
Dom 29° 16°
Seg 30° 15°
Ter 32° 15°
Qua 31° 16°
Qui 32° 17°
Atualizado às 04h03
Publicidade