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Parabéns Garça, parabéns professor Sérgio De Stéfani

Nesta coluna, Tico Cassola faz uma saudação ao palmeirense “Professor Sérgio De Stéfani”, que nesta quarta-feira, dia 10, estará completando 93 anos de idade

Por: Francisco Alves Neto Fonte: da redação
08/05/2023 às 13h16
Parabéns Garça, parabéns professor Sérgio De Stéfani

Parabéns “minha querida e adorada cidade de Garça”, que hoje está completando 94 anos de emancipação político-administrativa. Assim sempre falava o palmeirense Nilson Bastos Bento, nos potentes microfones da Rádio Clube de Garça. Parabéns “Professor Sérgio De Stéfani”, a saudação de todos os esportistas garcenses, que na próxima quarta-feira, dia 10, estará completando 93 anos de idade.

E o que os dois tem em comum? Uma amizade que vem de longa data. Os dois praticamente nasceram juntos, somente um ano de diferença. Pra mim, o professor Sérgio é o mais antigo morador nascido na outrora “Sentinela Planalto”. Ele viu a cidade nascer, se formar, crescendo ao longo dos anos, voando como uma ave, a caminho dos 100 anos.

Tudo começou no dia 10 de maio de 1930. Filho do casal Nello Américo de Stéfani e Maria Genare, ele nasceu numa residência na Rua Coronel Joaquim Piza, bem no centro da cidade, próximo ao Banco do Brasil. Na época a cidade não tinha um hospital, então, tudo foi graças ao trabalho de uma parteira.  O pai, Sr. Nello, era um conceituado mecânico em geral, que chegou alguns anos antes na cidade, vindo de São Paulo, a convite do proprietário da Fazenda Cascata. Gostou e não saiu mais. Constituiu a família e o casal teve cinco filhos: Irene e Lívio, nasceram em São Paulo, o Sérgio, Dora e Mercedes, aqui em Garça.  O Sérgio, seguindo os passos do pai, ficou aqui para sempre.

Começou a estudar na primeira escola da cidade, cujo prédio é onde está o Museu de Garça, na Rua Júlio Prestes, nº 322. Lembra com saudades deste tempo. De uma cidade em formação, em franco desenvolvimento, graças a lavoura do café.  Recorda, também do professor Serafim, que lhe ensinou as primeiras letras.  Na época tinha seus 6 para 7 anos. Só que por um problema de saúde (respiração) precisou a ir para o Rio de Janeiro, fazer um tratamento especializado. La presenciou um fato marcante: no mês de abril de 1936, viu a chegada do famoso dirigível Zeppelin, o lendário LZ 129 Hindenburg, que com seus 245 metros de comprimento, parou a cidade, com o povo carioca olhando para o céu. No ano seguinte, justamente no dia 6 de maio, o dirigível explodiria nas proximidades de Nova York, procedente de Frankfurt, matando 35 pessoas. Na volta parou em São Paulo e com o primo Osvaldo foi até o Parque Antártica, visitar a já rica galeria de troféus do Palmeiras. Foi amor à primeira vista. Virou um fanático torcedor do verdão. 

Tempos depois, já na maioridade, retornava a São Paulo para trabalhar numa oficina de conserto de motos, que por coincidência, ficava próximo ao estádio palmeirense. Como era conhecido na região, foi convidado para participar de um jogo festivo entre “Solteiros x Casados” no Parque Antártica. E fez bonito: jogando de centroavante marcou 2 gols, e deu o passe para mais 1, na vitória dos solteiros em cima dos casados, pelo placar de 4 a 2. 

Para mim foi um dos únicos garcenses a marcar gol no lendário Palestra Itália. Na semana seguinte foi procurado por um dirigente do verdão, que o convidou para ir treinar no Palmeiras. Não topou, decidiu voltar para Garça. 

Aqui fez tudo relacionado ao esporte. Principalmente pelo fato de ser professor de educação física, onde estudou e se formou em Bauru, no começo dos anos 70. No futebol jogou, como centroavante, jaqueta 9, no time dos Bancários, da Imprensa e no famoso Bandeirantes. Paralelamente também praticou basquete e vôlei, depois foi técnico destas modalidades nas equipes do Garça Tênis Clube, onde foi diretor de esportes. Também foi árbitro do varzeano, participou de jogos Regionais e Abertos do Interior representando a cidade. Foi presidente da CCE/Comissão Central de Esportes e Secretário Municipal de Esportes. Foi vereador, tendo como principal bandeira, o esporte em geral na cidade. Se orgulha de ter sido o primeiro presidente do CPP/Centro do Professorado Paulista de Garça, clube que fundou e construiu no ano de 1984. Um dos seus maiores incentivadores foi a saudosa professora Toninha Garavazo e o prefeito Julinho. O CPP está entre os melhores clubes da cidade. Hoje o professor Sérgio está gozando da sua merecida aposentadoria, depois de ter trabalhado como professor de educação e física, auxiliar e diretor de escola no Estado. 

Só não parou ainda de torcer fervorosamente para o seu querido e glorioso Palmeiras. Tem como ídolo principal o ex-goleiro Oberdan Cattani e vários outros craques: Ademir da Guia, Dudu, Luiz Pereira, Leivinha e César “Maluco”.  E faz questão de afirmar: “O Palmeiras tem tudo para ser campeão brasileiro. Mas tem que tomar cuidado com o Fluminense e o Atlético Mineiro”. No flagrante ao lado dos ídolos, da esquerda para direita: Serginho, César “Maluco”, Professor Sérgio, Ademir da Guia e Nilson Bastos Bento.

O professor Sérgio é casado com a Dona Lúcia, e o casal teve cinco filhos: Ana Stela, Ana Lúcia, Ana Cristina (falecida), Serginho e Ana Paula. Para a aniversariante Garça ele manda o seguinte recado: “Que a cidade se desenvolva com bastante esporte, pois o esporte só traz benefícios, é sinônimo de saúde para a população. Ao mesmo tempo que manda os parabéns para a minha querida e adorada cidade de Garça”. De nossa parte, parabéns ao eterno mestre Sérgio De Stéfani, que tenha muita saúde e vida longa. E vai Palmeiras !!!!

 

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