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O eclético João Alexandre Colombani

Nesta Coluna, Tico Cassola recorda a trajetória do gabaritado e respeitado jornalista, radialista, vereador (e presidente da Câmara), e jogador de bola

29/08/2022 às 08h28
Por: Francisco Alves Neto Fonte: da redação
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João “Manolinho” e Colombani
João “Manolinho” e Colombani

No dia 24 de agosto de 2000 era inaugurada a quadra poliesportiva “Vereador João Alexandre Colombani”. A praça esportiva fica localizada na Rua Eduardo Rodrigues de Barros, próximo ao Distrito Industrial. A bonita edificação pode ser vista logo depois do símbolo da Garça, para quem vai sentido de Marília. Portanto, há 22 anos o palmeirense João Alexandre Colombani teve o nome perpetuado na cidade que o acolheu, e que ele tanto adorava.

Recentemente, num domingo de manhã, estivemos fazendo uma visita ao espaço, e notamos que depois da reforma do piso, pintura geral, sanitários, alambrados e demarcação, a quadra ficou coisa linda. Está um verdadeiro tapete. E o mais importante: uma galera formada por homens e mulheres praticando esporte, não somente na quadra, mas também no campinho de areia ao lado. Sem falar de um pessoal soltando pipas ou papagaios e até maranhão. Assim como tenho acompanhado através da página da Secretaria de Esportes de Garça as inúmeras atividades programadas na quadra. Quem quiser participar só entrar em contato com a entidade máxima do esporte garcense.  

O ECLÉTICO 

João Alexandre Colombani foi mais um cidadão que veio de fora, chegou, viu e gostou de Garça, para não sair mais. Ele nasceu na vizinha Presidente Alves, no dia 28 de março de 1932. Ainda jovem por aqui chegou, e fez muita coisa boa pela cidade. 

Foi um gabaritado e respeitado jornalista, radialista, vereador (e presidente da Câmara), e jogador de bola. Um quarto zagueiro firme, que batia na bola de canhota. Jogou no futebol amador e no Garça. No futebol suíço, foi fundador em 25 de maio de 1975, do Kosminho “Os bons velhinhos”, depois atleta e dirigente do clube que teve origem no Garça Tênis Clube.

O Colombani foi por muito tempo proprietário e responsável pelo “Jornal Correio de Garça”, que circulava na cidade as quartas-feiras e domingos. No rádio foi um grande comentarista e também apresentador de programa. 

Quem não se lembra dele comandando o programa “Bola no Gol” da extinta Rádio Clube de Garça, que pontualmente começava as 11h30 horas, com o patrocínio das empresas “Óleo e Sabão Serenata e da Farinha de Mandioca Bijú Deusa”. Nos jogos do Garça era o comentarista, e tinha muita gente que levava o seu radinho de pilha no “Platzeck”, só para ouvir os seus abalizados comentários. 

Futebol era o assunto que ele mais gostava de falar, entre “um gole e outro de cerveja”. Do adorado Palmeiras e das famosas academias do “Verdão”. Sabia “tim tim, por tim” dos jogos, escalações e títulos conquistados. Naquela época já previa tempos difíceis para o futebol brasileiro, pela falta de craques que iriam surgir e o comando um tanto quanto bagunçado dos dirigentes. 

Como ele “assistiu” e acompanhou as Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970, falava com propriedades, que as futuras seleções brasileiras teriam muitas dificuldades pela frente. Em pouco tempo perderia o domínio no futebol mundial. Quando na Copa de 1974, disputada na Alemanha, o Brasil perdeu para o Holanda, pelo placar de 2 a 0 e foi eliminado, no dia seguinte em seu comentário no “Bola no Gol”, afirmou categoricamente: “a Seleção Brasileira ontem levou um baile da ‘laranja mecânica’, e daqui para frente os adversários perderam o medo do Brasil”. Acertou em cheio.  

Vamos recordar a passagem do quarto zagueiro Colombani pelo Garça Esporte Clube, no final dos anos 50. Em pé da esquerda para direita: Agamenon, Professor Isaac Farath, Colombani, goleiro Walter “Palmital” Garcia, Cury e Silvio “Goiano” Peres. Agachados: Alcides Rizi, Damazini, Haroldo, Ceci e Plínio Dias. O forte e temido esquadrão do “Azulão”, posou para a posteridade no antigo campo do Garça, em Vila Williams, tendo ao fundo o Hospital São Lucas. 

No outro flagrante em ação durante mais um jogo válido pelo campeonato amador, posando ao lado de Joao “Manolinho” Folgueiri, centroavante impetuoso, que ele “suou muito” para marcar neste confronto. O alvense João Alexandre Colombani faleceu no dia 22 de janeiro de 2000, aos 67 anos.

 

Wanderley “Tico” Cassolla

 

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