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“Kutná Hora, na República Tcheca” — por Edgard Cotait

Em uma jornada pelas paisagens rurais da Europa Central, um trio de viajantes chega à enigmática Kutná Hora, lar do intrigante Ossuário de Sedlec, onde a morte se transforma em arte e atração turística.

Por: Redação Fonte: Edgard Cotait
08/05/2025 às 16h41 Atualizada em 08/05/2025 às 16h49
“Kutná Hora, na República Tcheca” — por Edgard Cotait

O destino da vez era a pequena Kutná Hora, local de uma atração bastante fora do convencional, como veremos mais adiante.

Com os amigos Germano de Almeida e Ramon Ribeiro, saímos da Áustria e adentramos na República Tcheca, pilotando por modernas autopistas. Seguras, amplas, bem sinalizadas, estruturadas, muito bem pavimentadas, com um bom número de postos de abastecimento e serviços, estas mantém o alto o padrão europeu. Após duas centenas de quilômetros naquele dia chuvoso o quadro se inverteu e prosseguimos por estradas muito primárias, de mão simples, com incontáveis bifurcações sem sinalizações, e espaço reduzido onde passavam apenas um veículo por vez. Atravessamos bosques, pequenas e rústicas propriedades rurais, por vários quilômetros em meio a plantações de eucaliptos e outras culturas diversas. De tão ermas e campesinas que eram essas estradas, em alguns momentos nos sentimos perdidos. Haviam poucas pessoas pelo caminho (para ser sincero, não me lembro de ter encontrado nenhuma e tampouco algum automóvel), tornando-se impossível checar se nossa direção era a correta. Porém, por mais lúgubres que fossem, não havia outra opção que não fosse confiar nos nossos GPSs, também repletos de estradinhas, e na prática, sem sinalização alguma. Após uns bons quilômetros rodados, deu certo, eles nos levaram ao destino correto.

A 120 km da cidade de Praga, a capital do país, encontra-se a pequena cidade de Kutná Hora. Bem calma e com ares pitorescos, é onde fica o Ossuário de Sedlec, também conhecida como "a Igreja dos Ossos". Longe de ser um ponto turístico bonito, trata-se de uma igreja cuja decoração é feita utilizando-se ossos humanos. Para alguns, este lugar soa como algo macabro, assustador e de extremo mau gosto. Para outros, entretanto, representa um grande desejo a ser conseguido: o de ser enterrado no cemitério que existe naquele local. 

Do lado de fora, onde até as calçadas compunham o ambiente, tendo formas de caveira, eu estava observando o lugar, as ruas muito bem arborizadas que ficam ao redor, quando de repente notei um Rolls Royce novo, estacionando. O motorista devidamente uniformizado desceu, abrindo a porta de trás do veículo, e de lá saiu um jovem casal. Ela de cabelos compridos e morenos, muito linda realmente, ainda estava usando seu vestido de noiva, embora com os pés descalços. E ele também impecavelmente bem trajado. Praticamente saltaram do carro, entrando correndo para dentro da Igreja, com as mãos dadas e um sorriso largo de felicidade. Enfim, não os vi mais e também não consegui entender o que se passou...

Bom! A história nos conta que nos anos 1100 um abade trouxe um pouco de terra da Colina do Calvário, onde Jesus foi crucificado, local sagrado na Palestina, e o derramou no pequeno cemitério, cujo terreno havia sido doado a séculos pela igreja para esse fim. Essa notícia logo se espalhou, tornando o local como a nova terra prometida e posteriormente, o lugar de sepultamento desejado por milhares de pessoas. Logo já não havia mais espaço para as ossadas, que passaram então a serem utilizados como ornamentação naquela igreja. Estima-se que aproximadamente entre cinquenta e setenta mil pessoas ali jazem, e cujos ossos decoram a pequena igreja em uma tradição que continua ativa até os dias de hoje. Some-se a estes ainda, os mortos das guerras em que o país esteve envolvido. Dentro do ossuário a iluminação é feita apenas por velas e ouve-se apenas cantos gregorianos.

De mau gosto ou não, este local atrai milhares de visitantes por ano, tornando-se um dos maiores destinos turísticos daquele país, atraindo em média 250,000 visitantes a cada ano.

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E não esqueça: em necessidade de parar seu veículo no acostamento, escolha um local em que dê para parar longe da pista de rolamento e deixe a seta da direita acionada. Assim, demonstramos aos outros motoristas que a nossa intenção de retornar à estrada não se dará naquele momento. 

Outro mal hábito que observo no dia a dia é que alguns motoristas que querem entrar na pista simplesmente dão a seta da esquerda e a mantém acionada, mesmo com a aproximação de outros veículos. Nessas situações, o correto também é deixar a seta da direita ligada. Isso trará confiança para que os demais motoristas que estão sendo vistos.

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