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Cabo Canto: um corredor vitorioso

Nesta coluna, Tico Cassola conta a trajetória do Luiz Canto Filho, um apaixonado pelas corridas.

Por: Francisco Alves Neto Fonte: da redação
24/12/2023 às 09h17
Cabo Canto: um corredor vitorioso

O final do ano já está chegando. Parece que foi ontem que 2023 começou. O tempo passando rápido, numa velocidade sem fim. Na correria do dia a dia não prestamos atenção no relógio do tempo. Falando em velocidade, no próximo dia 31 será realizada mais uma edição da charmosa Corrida de São Silvestre, em São Paulo. 
A previsão é de 35 mil participantes. Dentre eles muitos garcenses estarão correndo nas ruas da terra da garoa. Quem completar os 15 quilômetros já pode se considerar um vitorioso.  O galiense Luiz Canto Filho, o conhecido “Cabo Canto”, radicado aqui em Garça, estará presente e com certeza vai “cortar” a faixa de chegada pela 11ª vez.  
No auge dos seus 72 anos, o Cabo Canto é um esportista de muita fibra e raça, apaixonado pelo pedestrianismo, amante das “corridas de rua”. E pensar que ele entrou nesta modalidade esportiva com 45 anos de idade. Antes jogou futebol. Mas decidiu parar, por dois motivos. O primeiro é que o futebol é um jogo de contato, com choque e jogadas violentas. O segundo é que o stress do serviço – era policial/bombeiro –, estava dificultando o seu dia a dia. Resolveu fazer caminhadas, depois algumas corridas, e já notou uma melhora física e mental. A sua vida melhorou consideravelmente. O próximo passou foi se aprofundar no pedestrianismo, fazer estudos e participar das provas. Acertou em cheio e não parou mais. 
Hoje na sua bonita e rica galeria estão expostos 263 peças, entre troféus e medalhas (foto). Só que para alcançar estas conquistas, tem que ter muita dedicação e esforço. O Cabo Canto cumpre uma rotina forte de treinamentos: 3 a 4 dias da semana, corre uma média de 30 à 35 quilômetros. Ainda faz fortalecimento muscular três dias na semana em academia.
Para melhorar a sua performance conta com a colaboração dos seguintes patrocinadores: Casa dos Parafusos, Moreiras Buffet e Eventos, Posto Guanabara, Fazenda Cascata e Casa de Carnes e Pescados Iti.  “Agradeço do fundo do meu coração a todos. Eles me incentivam sobremaneira e correm junto comigo”, disse olhando para os prêmios conquistados.
Atualmente o Cabo Canto integra a Equipe Caveiras, que possui mais de 150 atletas, a grande maioria - em torno de 90%- é de Garça. No seu currículo estão 18 maratonas, 23 meia maratonas e mais 10 corridas de São Silvestre. Duas foram especiais, onde disputou uma grande prova: Maratona de Curitiba (42,195 kms) e a Meia Maratona do Rio de Janeiro (21,097 kms). 
A melhor prova, que marcou sua carreira, foi a Corrida dos Bombeiros, no ano de 1996, na cidade de Tupã. Terminou como campeão na categoria “militar sênior”. Esta vitória foi uma verdadeira injeção de ânimo, e de que estava no caminho certo. Depois não parou mais, e nem pensa em parar tão cedo. 
O seu ídolo é o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que encantou o mundo no ano 2004, nas Olimpíadas da Grécia. Na corrida quando liderava a prova a sete quilômetros do fim, foi atacado por um torcedor irlandês. Vanderlei perdeu a prova, infelizmente. Mas bravamente, com o mais alto espírito olímpico, foi até o fim e terminou na terceira posição. Cruzou a linha de chegada sorridente, e com o emocionante gesto do aviãozinho, aplaudido de pé por todos os torcedores, no lotado Estádio de Atenas. Como prêmio ganhou a medalha Pierre de Coubertin, a mais alta honraria para um herói olímpico. Na foto, Cabo Canto, Vanderlei e Gilmar. A meta do Cabo Canto não tem limites. “Sou um atleta confiante em Deus. É ele que vai me guiando nas corridas, assim como ele vai dizer o dia que devo parar”.
JAQUETA 9
No início de sua carreira esportiva, o Cabo Canto praticava futebol. Gostava de jogar de centroavante. Desde esta época já tinha um estilo corredor, graças ao empenho determinação naquilo que fazia. Não jogou bola por muito tempo. Optou por deixar o futebol de lado, para se dedicar as suas atividades laborativas. Torcedor do glorioso Corinthians, tem como ídolo no futebol Raí Souza Vieira de Oliveira, o ex-craque Raí.
No lado profissional foi um dedicado e competente policial militar por 13 anos e meio. Depois passou para o Corpo de Bombeiros. Ao assumir o cargo em Marília, optou para trabalhar em Garça, aonde chegou para não sair mais. Está aposentado desde o mês de outubro de 2003.
De outro lado, no seu dicionário a palavra aposentadoria não existe no âmbito esportivo. Além de amar o que faz correndo, incentiva os demais colegas, principalmente os mais jovens. Para eles manda um recado especial: “Pratique o esporte, seja qual for, sai de sedentarismo. Eu abracei como meu esporte favorito, a ‘Corrida de Rua’. Nossa equipe conta com mais de 150 atletas. Treinamos durante a semana. Nos finais de semana vamos para as competições. Enfim, venha praticar, mude seu hábito, pois o esporte vai mudar sua vida”
   “Um Feliz Natal”
                                                             
  Wanderley 
“Tico” Cassola

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