Um garcense de 50 anos deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Garça, na manhã desta sexta-feira (10), com sintomas de intoxicação. Ele teve náuseas e vomitou sangue logo depois de consumir água de uma das garrafas que estavam no frigobar da sala de reuniões, de uma empresa da cidade. O caso causou alerta na unidade de saúde e mobilizou as polícias Civil e Militar, equipe médica e o Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica) do Estado.
Segundo informações apuradas pelo portal Marília Notícia em primeira mão, o paciente levou duas garrafas de água mineral com rótulo à unidade de saúde. Uma delas estava fechada e aparentemente lacrada, enquanto a outra havia sido parcialmente consumida. Ao abrir o recipiente, os profissionais de saúde relataram "odor fétido" no líquido. Uma enfermeira que teve contato com o produto - molhou a ponta do dedo - relatou sensação de ardência na pele, e os dedos apresentaram aspecto semelhante a queimadura, conforme registrado na foto que ilustra essa reportagem. Durante o atendimento, o paciente apresentou vômito com sangue, o que levou à imediata intervenção médica.
O médico Rafael Zerbinatti falou ao MN e afirmou que o foco é garantir a estabilidade do paciente, mas admitiu preocupação em evitar eventuais novos casos, já que o relato é de um recipiente supostamente lacrado. A vítima recebeu medicações e foi estabilizada, passou por endoscopia realizada pelo gastroenteroliogista Ernani Beluzzi, da Clínica Beluzzi de Garça.
“Nosso intuito é a vida do paciente. Entramos em contato imediato com o Ceatox e estamos seguindo o protocolo”, declarou o médico. A orientação, explicou, foi não realizar a chamada lavagem estomacal, já que a substância no interior da garrafa ainda não foi identificada e tal procedimento poderia agravar o quadro clínico.
CASO DE POLÍCIA
O caso de suspeita de intoxicação em Garça já chegou à polícia. Equipe da Polícia Militar foi acionada e esteve na Upa, onde recolheu o material. Duas garrafas de água foram apreendidas e encaminhadas para a Polícia Civil e posterior análise laboratorial, junto ao Instituto de Criminalística (IC). Até o momento, não há registro de outros casos parecidos no município. Um alerta em redes sociais - em que um integrante da equipe médica recomendaria à população que evitasse o consumo - foi confirmado. A sugestão é que o lote da água seja retido temporariamente, em pontos de venda, até a perícia confirmar a segurança do produto.
A Distribuidora de Bebidas Garça (DBG) que fornece a marca da água no município emitiu uma nota oficial que pode ser conferida no final desta reportagem.
O portal Garça em Foco acompanha e trará novos desdobramentos do caso assim que a polícia divulgar novas informações.
Garrafas de água mineral foram apreendidas pela polícia