Os dados do IBGE revelam que Garça apresenta uma das menores rendas médias entre as cidades da região. A renda média dos homens é de R$ 2.952,03, enquanto a das mulheres é de R$ 2.171,82 — uma diferença de cerca de 26,4%, praticamente igual à média estadual.
Mas o que mais chama atenção é o impacto da cor da pele na renda declarada:
Pessoas brancas têm renda média de R$ 2.975,11,
Pessoas pardas, R$ 2.156,29,
Pessoas pretas, R$ 1.937,45,
Pessoas amarelas, R$ 4.195,82, o grupo com maior média da cidade.
Esses números mostram que, mesmo em uma cidade de porte médio como Garça, as desigualdades de gênero e raça seguem nítidas, refletindo uma tendência nacional.
Além disso, a renda média geral da cidade é inferior à de municípios próximos como Bauru, Marília e Pompéia, o que evidencia o desafio econômico local — marcado por um mercado de trabalho ainda concentrado em setores industriais e de serviços com salários mais modestos.
Garça, no entanto, apresenta um potencial de crescimento com base em inovação, tecnologia e agronegócio, setores que têm se expandido na região e podem contribuir para reduzir essas disparidades nos próximos anos.