Garça tem registrado falta de água em determinados pontos e horários, afetando diversos moradores, mas as autoridades afirmam que a situação poderia ser muito mais grave se não fosse o poço profundo que capta água do Aquífero Guarani. A obra, considerada essencial para o abastecimento local, tem garantido que a cidade enfrente a crise hídrica com mais resiliência, em comparação com outras cidades da região.
Embora Garça esteja com dificuldades, especialistas destacam que a situação é consideravelmente mais confortável do que em cidades vizinhas, como Marília e Bauru, onde a crise é mais intensa. Em Marília, uma nova empresa terceirizada, a RIC Ambiental, assumiu na última segunda-feira (9) os serviços de água e esgoto. Diversas manutenções estão sendo realizadas, causando interrupções temporárias no fornecimento, mas são consideradas necessárias para a melhoria da rede. Além disso, a qualidade da água oferecida em Marília está sendo alvo de críticas, agravando ainda mais a situação. Em Bauru, a prefeitura decretou estado de emergência e criou uma força-tarefa para enfrentar os efeitos da seca extrema. O município implementou medidas como a ampliação de pontos de hidratação em áreas de grande movimentação para mitigar os impactos.
Em Garça, o cenário é distinto graças ao poço profundo que atinge o Aquífero Guarani. Essa fonte de água subterrânea, uma das maiores do mundo, tem sido crucial para aliviar os efeitos da seca. “Se não fosse essa obra, estaríamos vivendo uma situação muito mais próxima do caos, como vemos em outros municípios”, comenta um dos especialistas ouvidos pela reportagem. Embora as falhas no abastecimento ainda ocorram em Garça, especialmente em momentos de alta demanda, a cidade tem conseguido garantir água de qualidade e em quantidade suficiente para a maioria dos seus habitantes.
A crise hídrica no estado de São Paulo, agravada pelas mudanças climáticas, tem colocado à prova a infraestrutura das cidades. Garça, apesar das dificuldades, se destaca pela precaução adotada ao investir no poço profundo do Aquífero Guarani, uma solução que continua a proteger a cidade de uma crise mais severa.
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