“Adeus ano velho. Feliz ano novo. Que tudo se realize no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso. Saúde pra dar e vender. Para os solteiros: Sorte no amor. Nenhuma esperança perdida. Para os casados: nenhuma briga. Paz e sossego na vida. E para o seu time do coração, nenhuma derrota, poucos empates, muitas vitórias e títulos pela frente”.
Assim vai terminando 2023, que já entrou para a história. Depois de 51 colunas, chegamos a última do ano. Com muita luta e garra, vencemos mais uma difícil etapa da vida. Que venha 2024, que seja o ano da vitória para todos nós.
Com o futebol brasileiro de férias, só restou assistir os jogos festivos em dezembro, os solteiros versus casados, e as “peladas” entre amigos. Em Garça tivemos dois atraentes jogos do Garça Futebol Clube. Um promovido pelo corintiano Pedro Soares, e o outro do Garça Eternos, organizado pelo Deley Borborema, Hamilton “Paraná” e Dinho Parreira. No Jardim São Lucas mais um clássico entre Solteiros e Casados.
Na televisão, assistimos na noite da última quarta-feira o “Jogo das Estrelas”, promovido pelo craque Zico, que levou 51.777 torcedores ao Maracanã. A 19ª edição foi fantástica, muitos gols, Zico fez 2, além de homenagens aos eternos futebolistas Pelé e Roberto Dinamite.
Paralelamente aos jogos, vários encontros de amigos aconteceram aqui em Garça. São jogadores que desfilaram nos gramados garcenses, depois tiveram que mudar, e agora aproveitam para visitar seus familiares. Alguns não se viam há muito tempo. Estivemos participando de alguns destes encontros, uns em lugares mais reservados, outros numa mesa de bar. O bate papo e a resenha correram soltos. O duro é que o horário avança rápido, e temos hora de voltar para casa.
Hoje recordamos o alegre e saudosista encontro na semana passada, de um grupo de jogadores que defendeu o Clube Atlético Ipiranga, entre as décadas de 70 e 80 passada. Diretamente do Estado do Mato Grosso chegou o lateral esquerdo e velocista Joatan, aqui se juntou ao Polaco, Corinho, João Carlos, Sarará e este articulista. Também apareceu o são-paulino Nelson Carvalho de Souza, inegavelmente um dos melhores dirigentes do futebol amador de todos os tempos. O Joatan trouxe uma linguiça cuiabana da hora, bem saborosa, e veio acompanhado dos irmãos Eduardo Davi e Ismar. A resenha foi pra lá de agradável no “Recanto da Dona Dila”.
Só lembrando que o Ipiranga foi o time de maior longevidade no futebol amador garcense. Fundado no dia 21 de março de 1960, existiu até final do ano de 1999, portanto, exatos 39 de atividades ininterruptas. Com certeza, um time de guerreiros, pois neste período, foi campeão do amador somente em três oportunidades: 1976, 1979 e 1993.
Em contrapartida, foi um especialista em ganhar a Taça Cidade de Garça/Copa Lions, com nove conquistas. Veja o Ipiranga, campeão amador invicto de 1979. Em pé, da esquerda para direita: Corinho, Nenê, Celino, Tião Barbosa, Joatan, João Carlos, Jair Cassola (treinador) e Alcides Vaz (dirigente). Agachados: Chico Ramalho, Toninho Marques, Osmar, Tico e Sarará.
Voltando ao encontro, o combinado foi de durar 90 minutos, tal como uma partida de futebol. Só que passou do tempo regulamentar, teve várias prorrogações, e avançou noite adentro.
Com isto muitas histórias e causos foram contados. De tudo, cheguei a seguinte conclusão: que o lateral direito Polaco, num único jogo, foi a linha de fundo 23 vezes, e em todas cruzou a bola na área. O central Corinho, falava em alto e bom som, que em toda a carreira marcou 33 gols, destes 18 de faltas, sendo uma cobrança quase do meio de campo. Foi o gol do título em cima do Serenata, que muitos disseram ter sido gol contra do goleiro Osni. Que o zagueiro João Carlos, somente num jogo, salvou cinco gols com a bola em cima da linha fatal. Que o lateral esquerdo Joatan, certa vez, driblou o ponta direita sete vezes, em todas passando a bola no meio das pernas. Até que o adversário pediu substituição. Que o Sarará, foi o inventor do drible da “pedalada”, no ano de 1979, quando entortou o lateral Bertinho, da Casa Ipiranga. Que o centroavante Tico, num único jogo, marcou 13 gols, sendo um olímpico e outro de bicicleta. Que o Nelsinho “Boca Preta”, apesar de presidir a CCE/Comissão Central de Esportes, escalava os juízes para os jogos do Ipiranga, e nunca pediu uma ajudazinha qualquer para seu time.
Verdade ou mentira? Você que tire suas conclusões. Nos flagrantes. Em pé: Polaco, Corinho, João Carlos e Joatan. Agachados: Sarará, Tico e Nelsinho. Depois, Polaco e Nelsinho com a faixa de campeão amador de 1976.
O clima de amizade foi pra lá de bom. Tanto é verdade que foi lançada a ideia de um novo encontro, com os jogadores campeões de 1976 e 1979, dirigentes/torcedores tradicionais, além de convidados especiais, para março de 2024, mês do aniversário de fundação do Ipiranga.
“Um feliz e vitorioso 2024”
Wanderley “Tico” Cassola