Com a correria do dia a dia e a dura fase desta pandemia, estávamos esquecendo de uma data importante para o futebol profissional: o aniversário do Garça Futebol Clube, ocorrido no último dia 15 de fevereiro. Se estivesse com um time montado, participando de competições oficiais, o “Azulão” estaria apagando 56 “velinhas”.
Fundado no dia 15 de fevereiro de 1965, o Garça manteve a última equipe até o ano de 2004. Mas não foi de forma ininterrupta. Teve alguns intervalos onde a bola não rolou nos gramados. Quanto a volta do Garça, todos sabemos, é bem difícil. O futebol hoje vive uma outra realidade.
Se os considerados “times grandes” do Brasil enfrentam dificuldades de todos os tipos, principalmente no lado financeiro, já dá para imaginar o quanto é complicado “tocar” futebol em cidades do interior, principalmente as de pequeno porte, como é o caso de Garça. Como ninguém sabe o que vai acontecer no dia de amanhã. Não se pode descartar jamais uma possível volta do Garça algum dia. Torcida é que não falta. Só lembrando que o futebol profissional começou em meados de 1932, quando nasceu o Garça Esporte Clube.
Quando da fundação, por falta de campo com dimensões oficiais e de acordo com as exigências da Federação Paulista de Futebol, optou-se por participar do Campeonato Amador do Estado. O símbolo escolhido: GFC dentro de um losango. Na década de 90 os dirigentes da época trocaram por uma “garcinha voando”. No início o Garça mandava os jogos no Campo de Vila Williams, que se fosse hoje, estaria localizado bem em frente o Hospital São Lucas. Grandes duelos foram travados ali com jogos sempre de casa cheia. No dia 04 de outubro de 1966, foi inaugurado o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, onde o Garça passou a jogar. Hoje, infelizmente, o campo está fechado e interditado.
As principais conquistas: campeão da 4ª série no ano de 1968, campeão da 3ª Série em 1969, campeão da 2ª Divisão do Estado em 1969, campeão da série “Arthur Friedenreich” em 1971, vice-campeão da 3ª Divisão em 1984, vice-campeão da série B1-B em 1995. Em 1996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1984/95 e a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior.
Na semana passada recebemos uma bonita e inédita foto memorável do Garça, do início de 1970, numa lembrança que o esportista Walter Pavani guardou com carinho por muitos anos. Em pé da esquerda para direita: Cláudio Belon, Ari Lima, Abegar, Bô, Lula e Zinho. Agachados: Toninho Bodini, Itamar Belasalma, Hélinho, Rogerinho e Davi. Quem seria o mascotinho? Segundo o são-paulino e torcedor Odair Krugner “este time foi um dos melhores que ele viu jogar. Era um time técnico e competitivo, com um elenco de ótimos jogadores”.
GRANDES GOLEIROS:
Por tradição, o Garça FC. sempre teve grandes goleiros, que reuniam condições de jogar em qualquer time. A maior revelação foi sem sombra de dúvidas, Waldir Peres de Arruda. Muitos outros marcaram época: Chóla, Serginho Zancopé, Navarro, Roberto, Lula, Belmiro, Mário “Loco”, Jair Proença, Luizinho Andrade, Silvio Maciel, Jorgão do Prata, Carlos Alberto “Mamela” e Franz.
Veja como estão (ontem e hoje), três “guapos” que envergaram a jaqueta 1 ao longo dos anos: Júlio Cesar Martins (do grande time de 2000), Francisco Cefaly Neto, o Chiquinho (anos 70), o único a marcar um gol de goleiro em goleiro no “Platzeck”. E Plínio Cabrini, que preferiu os estudos a prosseguir na carreira profissional. (Veja abaixo)
Você sabia que o goleiro é o único jogador a ter uma data comemorativa? Já é diferenciado pois no time é o único que pode utilizar as mãos. Pois bem: o dia do goleiro é comemorado no Brasil dia 26 de abril. A data foi instituída em homenagem a Hailton Corrêa de Arruda, o “Manga”, um dos grandes goleiros da história do futebol brasileiro, com uma brilhante carreira entre 1955 e 1982.
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