No dia 25 de outubro, sábado, a Cia Teatral ENERGÓS apresenta LABIRINTHOS 2.5, a nova versão do seu espetáculo sobre o mito do Minotauro no Teatro Municipal Miguel Mônico, em Garça. Em 2025, a montagem circula pelo interior e litoral do estado, passando por seis cidades com apoio do Fomento CultSP.
Com dramaturgia do premiado escritor João Anzanello Carrascoza a partir de fragmentos de duas tragédias perdidas de Eurípedes (os textos Theseus e Kretes), traduzidas e encenadas pela primeira vez no Brasil, a nova versão foi revisitada pela equipe criativa, que incorporou uma cena inédita e atualizou aspectos cênicos e narrativos da montagem.
Inspirado no mito do Minotauro, LABIRINTHOS 2.5 entrelaça o teatro trágico grego com temas contemporâneos como a disputa pelo poder, os jogos de dominação e o confronto do indivíduo e da sociedade com sua sombra. O espetáculo convida o público a mergulhar em uma experiência estética que une coro, música ao vivo e fisicalidade, tudo permeado por um trabalho de voz e corpo ancorado na tragédia.
Em 2022, LABIRINTHOS fez temporada no TUSP (Teatro da USP, Maria Antônia) e apresentou-se no Teatro Paulo Eiró, Teatro Alfredo Mesquita e Teatro Arthur Azevedo. Em 2023, o espetáculo integrou a programação oficial da Virada Cultural SP, a convite da Secretaria Municipal de Cultura.
LABIRINTHOS foi destaque no portal e-Urbanidade, figurando entre os melhores espetáculos do ano de 2022 nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Direção Musical, Melhor Cenografia, Melhor Figurino e Melhor Atriz Coadjuvante. Lista completa aqui
O rei está morto!
Ao disputar o trono de Creta, Minos recebe de Poseidon, deus dos mares, um sinal de confirmação: um touro branco vindo do mar que deverá ser sacrificado em agradecimento. Minos assume o poder, mas não cumpre a promessa: não realiza o sacrifício. Furioso, Poseidon lança um castigo sobre o mortal: faz com que sua esposa, Pasífae, enlouqueça, se apaixone pelo touro e engravide do animal. Nasce, então, o Minotauro — criatura metade homem, metade touro — que ao ser encarcerado em um labirinto, passa a ser usado como instrumento de terror pelo rei Minos.
Um mito em que as personagens são movidas por seus desejos e suas sombras. Uma narrativa sobre a passagem do poder — da Velha para Nova Ordem.
O espetáculo dá protagonismo ao coro trágico, que assume a condução narrativa, assumindo as vozes do mito. A paisagem sonora atravessa toda a encenação e é criada por texturas vocais da fala e do canto, com trechos em português e grego. Toda a música é executada ao vivo pelos atores, com destaque para instrumentos como adufes (instrumento de percussão ibérica de origem milenar), violino e uma original orquestra de aquários.