Poucas horas após a primeira denúncia formal, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Garça registrou nesta sexta-feira (17) a segunda denúncia contra o psiquiatra investigado por importunação sexual. O caso choca a região, com inúmeras ocorrências já registradas em Marília.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima relatou que iniciou tratamento no CAPS em 2018 devido a sintomas de depressão e ansiedade. À época, as consultas eram acompanhadas pela mãe, pois tinha 17 anos. Em uma consulta desacompanhada, o médico teria questionado se a paciente tinha namorado e, ao final, ao acompanhá-la até a porta, a puxou pelo punho e beijou o canto de sua boca.

A jovem contou o fato à mãe e a alguns amigos, mas só decidiu não denunciar na época devido ao impacto emocional. Posteriormente, retornou ao atendimento em outras ocasiões, acompanhada por outra pessoa, percebendo mudanças no comportamento do médico, mas sem retomar o acompanhamento regular.

A vítima afirmou que se sentiu encorajada a denunciar após a divulgação de casos semelhantes envolvendo o mesmo profissional.

A DDM de Garça não descarta o surgimento de novas denúncias. Mulheres que tenham sido atendidas pelo psiquiatra e que desejem relatar situações semelhantes podem procurar a Delegacia de Defesa da Mulher, localizada na Rua Carlos Gomes, no centro da cidade. A identidade das vítimas é preservada, conforme garantiu a autoridade policial.

O caso segue sob investigação. O médico, que já é investigado em Marília por condutas semelhantes, poderá responder por crimes de importunação sexual e abuso de autoridade profissional.