Depois de mais de uma década de incertezas, uma nova pista pode finalmente esclarecer o desaparecimento da adolescente Tânia Barros, de Ocauçu. A jovem, que tinha 17 anos na época e estaria grávida de quatro meses, desapareceu em 12 de junho de 2014. Nesta quarta-feira (25), uma equipe de voluntários do grupo Anjos da Guarda/SICOE-Veteranos de Marília encontrou parte de uma ossada humana durante buscas em uma área de mata conhecida como “Dedo de Deus”, no município de Ocauçu, a cerca de 40 km de Marília.
Os restos encontrados incluem parte da bacia e uma clavícula, dispostos sobre um saco plástico preto. Quatro ossos foram recolhidos e entregues ao hospital da cidade, onde médicos afirmaram acreditar se tratar de ossada humana. Agora, os fragmentos serão encaminhados para perícia e testes de DNA para confirmar se pertencem à adolescente desaparecida.
A descoberta ocorreu após a família receber uma denúncia anônima indicando que o corpo de Tânia poderia estar na serra. O local, de difícil acesso e com cerca de seis quilômetros de extensão, foi percorrido pelos voluntários ao longo do dia.
Tânia Barros desapareceu poucos dias antes de realizar o primeiro ultrassom da gestação. Segundo familiares, o suposto pai do bebê seria um homem de 60 anos, que chegou a ser ouvido pela polícia na época. Ele negou qualquer relacionamento com a jovem e disse não a ver há muito tempo. Desde então, o caso se tornou um mistério para a Polícia Civil, que enfrentava dificuldades por falta de evidências concretas.
Em 2019, uma ossada encontrada às margens da rodovia BR-153 chegou a gerar expectativa entre os familiares, mas exames comprovaram que se tratava de Thaís Julião Riguette, de 37 anos, moradora de Marília, que também estava desaparecida.
A Polícia Civil foi acionada para dar continuidade às investigações e coordenar a análise pericial dos restos mortais. Enquanto isso, o grupo Anjos da Guarda/SICOE continua as buscas na região na tentativa de localizar mais partes da ossada ou objetos que possam ajudar a elucidar o caso.
O Garça em Foco continuará acompanhando os desdobramentos dessa história que, após 11 anos de angústia, pode estar perto de uma resposta para a família de Tânia.