A morte de uma ex-moradora de Garça, grávida de sete meses, virou um grande mistério para a Polícia Civil de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Mariana Paro de Oliveira, de 35 anos, foi encontrada sem vida dentro da própria casa. O fato ocorreu no último domingo, e seu sepultamento ocorreu na terça-feira, dia 02, com a presença de familiares que residem em Garça, e da mãe que mora em Gália.
Conforme apurado, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou as mortes de Mariana e do feto, que estava no sétimo mês de gestação. De acordo com o boletim de ocorrência (BO), o Samu foi acionado à Rua Cantora Dalva de Oliveira, no bairro Ilha das Caieiras, e constatou as mortes às 4h45 de domingo (30).
Ainda segundo o BO, uma médica do Samu informou a Polícia Militar que a vítima possivelmente sofreu uma intoxicação exógena. Conforme a definição do Ministério da Saúde, esse tipo de intoxicação ocorre quando há exposição a substâncias químicas --incluindo agrotóxicos, medicamentos, produtos de limpeza, cosméticos, artigos de higiene pessoal, produtos industriais, drogas, plantas ou alimentos contaminados--, manifestando-se através de sintomas clínicos característicos.
A causa da morte trata-se de um grande mistério. Um amigo da vítima, que preferiu não se identificar, contou que Mariana trabalhava como atriz. Ela foi descrita como "uma pessoa alegre" pelo conhecido. O caso foi registrado como morte suspeita na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.
De acordo com o garcense João Ricardo Paro, que reside em Garça e foi auxiliar nos atos fúnebres, Mariana era natural de Presidente Venceslau, mas sua família é toda de Garça, cidade onde ela residiu por vários anos, e depois mudou-se para Praia Grande. Sua mãe mora em Gália.
Segundo ele, a notícia pegou os familiares de surpresa, e a polícia não sabe dizer o que aconteceu. “O fato é que ela foi encontrada morta dentro de casa. Uns acusam o marido, outros falam que ela se matou. Mas ninguém e ninguém viu. Ninguém sabe o que aconteceu. Tem que esperar 90 dias para sair o laudo do Instituto Médico Legal (IML)”, revelou João Ricardo.