A epidemia de dengue em Garça segue avançando rapidamente. No final de fevereiro, a cidade já havia ultrapassado o patamar epidêmico definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com uma incidência de 495,6 casos por 100 mil habitantes. Em apenas 12 dias, esse número disparou para 1.129,3 casos por 100 mil habitantes, um aumento expressivo de 127,87%. Os casos confirmados também registraram um salto preocupante: no mesmo período, de 255 em 2024 para 474 em 2025, um aumento de 85,88%. Além disso, há duas mortes suspeitas sob investigação.
O crescimento dos casos de dengue não se limita a Garça. Dados do Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (Nies) apontam uma alta significativa em cidades vizinhas, levando prefeituras e órgãos de saúde a intensificarem ações de combate ao Aedes aegypti.
Para conter o avanço da epidemia e aliviar a sobrecarga na UPA, a Prefeitura de Garça anunciou medidas emergenciais. O Polo Dengue segue funcionando em horário estendido (sábados e domingos, das 8h às 22h), e, a partir desta terça-feira, três Unidades de Saúde também passarão a atender em horário ampliado, das 17h às 22h:
Unidade Maria Lúcia Ferreira Cavallini (Jardim dos Eucaliptos)
Unidade Região Oeste Doutor José Barbosa (Jardim Sol Nascente)
Unidade Glenda Rodella Dumas (Rua São João, 165, Polo Dengue)
A Secretaria de Saúde recomenda que pessoas com sintomas busquem atendimento imediato em uma dessas unidades, evitando a UPA para reduzir a sobrecarga.
Além disso, o Hospital São Lucas ampliou o número de leitos para atender à crescente demanda de pacientes com dengue.
A população desempenha um papel crucial no combate à dengue. A Prefeitura reforça a necessidade de eliminar focos de água parada, principais criadouros do mosquito transmissor. Pneus, garrafas, vasos de plantas e outros recipientes devem ser verificados e limpos regularmente.
Outra medida essencial é permitir a entrada de agentes de saúde nas residências. Esses profissionais identificam e eliminam criadouros do mosquito, além de orientar sobre prevenção. A colaboração da comunidade é determinante para conter o avanço da epidemia e proteger a saúde pública.