Garça atingiu o patamar de epidemia de dengue, conforme os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade internacional define que, quando há 300 casos para cada 100 mil habitantes, a situação é considerada epidêmica. Atualmente, a incidência em Garça é de 495,6 casos por 100 mil habitantes. (veja na tabela ao final desta reportagem)

Os dados foram divulgados pelo Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES) do Governo do Estado de São Paulo e extraídos pela reportagem do portal Garça em Foco na data de 26 de fevereiro de 2025.

Situação epidemiológica

Até o momento, a cidade registra 208 casos confirmados de dengue, sendo que nove pessoas apresentam sinais de alarme, o que indica risco de agravamento do quadro. Além disso, uma pessoa está com dengue grave e um óbito está em investigação.

O levantamento do NIES também confirma a alta taxa de incidência, que ultrapassa o limite estipulado pela OMS para categorização de epidemia.

População e metodologia de cálculo

Garça possui 43.115 habitantes, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024. O cálculo da incidência é realizado de forma proporcional pelo site do Governo do Estado de São Paulo, garantindo uma padronização estatística para comparação entre municípios.

Com a confirmação da epidemia, medidas de controle e prevenção se tornam ainda mais essenciais para conter a propagação da doença na cidade. A população deve manter a atenção para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e procurar assistência médica ao apresentar sintomas como febre alta, dor no corpo e manchas na pele.

Ações da Prefeitura para combate à dengue

De acordo com a Prefeitura Municipal de Garça, um arrastão contra a dengue foi realizado em toda a cidade entre 15 de janeiro e 25 de fevereiro. O levantamento divulgado apresenta dados sobre a situação dos imóveis fechados, com base nas informações coletadas em diversas regiões. Ao todo, 20.153 casas foram visitadas, porém 8.348 estavam fechadas ou tiveram a entrada dos agentes recusada, representando 41,42% do total. Já as outras 11.805 residências foram abertas para inspeção, o que equivale a 58,58% de colaboração da população.

A unidade USF Palermo foi a mais populosa e apresentou o maior percentual de casas fechadas, com 51,12% de recusa ou fechamento. A unidade USF Rebelo foi onde mais se encontraram larvas durante as visitas.

Os principais tipos de recipientes com larvas encontrados foram baldes, regadores, latas, frascos, plásticos reutilizáveis e ralos externos. Segundo a Prefeitura, a população demonstra um costume de armazenar água da chuva em baldes, o que contribui para a proliferação de larvas.

Confira abaixo a tabela do NIES: