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Ameaça de morte contra vereadores de Marília é investigada pela Polícia Civil

Ameaça envolve promessa de ataque com faca, arma de fogo e explosivos contra parlamentares e 'quem aparecer pela frente', além de incêndio à sede do Legislativo. Caso é investigado desde novembro.

Por: Redação Fonte: G1
27/01/2023 às 14h31
Ameaça de morte contra vereadores de Marília é investigada pela Polícia Civil

A Polícia Civil investiga ameaças de morte com o uso de faca, arma de fogo e explosivos contra quatro vereadores de Marília (SP) feitas por meio de ao menos dois e-mails enviados à Câmara.

São alvos da ameaça os parlamentares Marcos Rezende (PSD), Professora Daniela (PL), Vânia Ramos (Republicanos) e Ivan Negão (PSB), que morreu no começo do ano após um infarto fulminante, segundo a família.

A apuração foi aberta ainda em novembro do ano passado, logo após o recebimento das mensagens através de endereços eletrônicos oficiais. Nesta semana, chegou ao Ministério Público um pedido de dilação do prazo para conclusão do inquérito.

Os investigadores esperam, entre outras coisas, respostas da empresa Google, responsável pelo serviço de correio eletrônico no Legislativo mariliense. A empresa de tecnologia pode ajudar na identificação dos autores das ameaças.

Além de atacar os vereadores, os autores dos emails também afirmam que vão realizar um ataque com os mesmos armamentos contra uma indústria local que já vem sendo alvo de outras promessas de chacina.

“Já avisamos duas vezes os palhaços”, diz um dos emails sobre a indústria. “Vamos atacar os funcionários na entrada de um dos turnos.”

Câmara

Ainda sobre o Legislativo mariliense, os vereadores ameaçados também foram alvo de ofensas que podem ser classificadas como injúria racial e misoginia.

Além deles, o autor das ameaças promete atacar “quem mais a gente achar no prédio e, no fim, pôr fogo na Câmara”.

“Vamos fazer isso em homenagem ao herói Roberto Jefferson e apoio aos caminhoneiros que pararam o Brasil”, justifica o e-mail a respeito das ameaças, citando o deputado federal preso em regime fechado após atacar policiais federais com armamento pesado em outubro de 2022.

“Vai ser o início da revolução. Queremos que as Forças Armadas façam uma intervenção federal no Brasil com Bolsonaro no poder e esse vai ser o nosso primeiro ato para transformar o Brasil”, seguem os autores das ameaças.

O texto ainda incita o assassinato do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). O e-mail termina com as palavras Deus, Pátria e Família, expressão usada por bolsonaristas radicais.

Vereadores

Os vereadores citados nas ameaças foram procurados pela reportagem, mas não quiseram se manifestar ou não responderam ao questionamento a respeito do caso.

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