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Enquanto Marília cria empregos para moradores de rua, Garça ainda busca soluções diante do agravamento do problema

Enquanto Marília lança projeto de cotas de emprego, Garça admite gravidade do problema, cita ações em andamento, mas moradores seguem cobrando medidas mais efetivas.

Por: Redação Fonte: Garça em Foco
08/09/2025 às 13h36 Atualizada em 08/09/2025 às 13h41
Enquanto Marília cria empregos para moradores de rua, Garça ainda busca soluções diante do agravamento do problema
Foto: Giro Marília

Na cidade vizinha de Marília, a Prefeitura apresentou um projeto inovador que prevê cotas de emprego para pessoas em situação de rua em obras e serviços contratados pelo poder público. A proposta, segundo o portal Giro Marília, busca oferecer vagas de mão de obra básica para quem esteja em situação de vulnerabilidade, além de atender pessoas que enfrentam longo período de desemprego. O programa será acompanhado pelo Centro Pop, responsável por cadastrar e encaminhar os candidatos.

Já em Garça, a realidade é diferente. O município vem enfrentando um crescimento visível da população de rua nos últimos meses, especialmente na região central, sem que até agora medidas estruturadas como as de Marília tenham sido anunciadas. A Praça Rui Barbosa, conhecida como Praça da Matriz, tornou-se o retrato mais claro do problema, gerando indignação de moradores e comerciantes (clique aqui e veja a matéria).

A secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Regina Tófoli, explicou em comentário na rede social do Garça em Foco que o município conta com o Núcleo de Apoio ao Migrante (NAM), que oferece abrigo, banho, alimentação e encaminhamentos, mas a adesão é baixa. Segundo ela, parte da dificuldade está ligada à dependência química e a ações descoordenadas da própria sociedade:

"Muitas vezes, pessoas e igrejas distribuem marmitas ou dinheiro diretamente nas ruas. A boa intenção acaba atrapalhando, porque alimentados, eles não procuram pelo abrigo, onde poderiam passar por triagem e encaminhamento. Assim, acabam permanecendo nas calçadas, sem chance de tratamento ou reinserção", afirmou.

Em nota ao Garça em Foco, a Prefeitura reforçou que o tema é tratado com seriedade e que já estão sendo feitas rondas diárias entre 18h30 e 6h, convidando essas pessoas a irem ao NAM. Além disso, destacou que reuniões com secretarias municipais, Ministério Público, comércio, sociedade civil e órgãos de segurança estão em andamento, com o objetivo de buscar alternativas mais humanas e que respeitem a legislação vigente, que impede ações compulsórias.

Apesar disso, moradores e comerciantes consideram nas redes sociais que as medidas ainda são tímidas diante da gravidade do problema e aguardam propostas mais efetivas, como o projeto em Marília.

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