Um caso de extrema violência envolvendo usuários de drogas resultou na morte de um homem na noite de quarta-feira (9), em Marília, e vem sendo investigado pela Polícia Civil como homicídio qualificado por motivo fútil e com uso de meio cruel.

A vítima, de 54 anos, foi assassinada em um terreno baldio no bairro Palmital, próximo à Vila Barros, na zona norte da cidade. O local, segundo o Marília Notícia, é utilizado por moradores como uma passagem informal entre bairros.

De acordo com o Visão Notícias, a briga teria começado após uma discussão envolvendo uma pedra de crack comprada pelo autor, um homem de 28 anos. O suspeito relatou à polícia que a vítima pediu para consumir a droga junto com ele, mas, ao cobrar R$ 10 pelo compartilhamento, os dois acabaram entrando em confronto físico com paus e garrafas.

Segundo ainda o Visão Notícias, após os golpes, o autor teria utilizado galhos secos para tentar atear fogo ao corpo da vítima, que ainda estaria com sinais vitais no momento da tentativa de incineração. Uma mulher de 25 anos, usuária de drogas e em situação de rua, também estava no local. Ela declarou ter sido forçada a permanecer ali e a assistir à cena, mas negou ter participado do crime.

O Marília Notícia informou que a mulher também foi mencionada pelo autor durante seu depoimento, mas até o momento é tratada apenas como testemunha, já que não há indícios materiais ou testemunhais que comprovem sua participação direta. Ela afirmou ter visto o agressor arrastar o corpo e declarar: “Eu falei que você ia morrer, você não pagou”, antes de tentar queimar a vítima.

Na cena do crime, peritos encontraram objetos que podem ter sido usados na ação violenta, como pedaços de madeira, cacos de vidro, um isqueiro, chinelo, boné e até um relógio feminino.

O suspeito foi localizado pouco depois, nas imediações, trajando apenas uma bermuda, com sangue nas mãos, nos pés e diversas lesões pelo corpo, conforme detalhado pelo Marília Notícia. Ele foi preso em flagrante e a Justiça já analisa a conversão da prisão em prisão preventiva.

A Polícia Civil instaurou inquérito para aprofundar as investigações. Caso seja condenado, o autor poderá pegar até 30 anos de prisão.