Marília enfrenta uma das piores crises de dengue de sua história, com 10 mortes confirmadas e mais de 5.400 casos da doença em 2025. Entre as vítimas, um bebê de apenas dois meses teve a morte registrada no painel da Secretaria de Estado da Saúde, ampliando a preocupação com a gravidade do surto no município.
A cidade, que decretou estado de emergência em 20 de fevereiro, agora investiga outros 11 óbitos suspeitos. A morte do bebê, ainda sob averiguação da prefeitura, levanta um alerta para a vulnerabilidade dos mais jovens diante do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Além dele, uma mulher de 60 anos, portadora de doença crônica, também faleceu após ser internada no Hospital das Clínicas de Marília.
A tragédia evidencia a importância da prevenção e do combate ao mosquito transmissor. Enquanto a vacina contra a dengue está disponível para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em todas as Unidades de Saúde da cidade, a adesão ainda é baixa: menos de 30% tomaram a primeira dose, e a cobertura da segunda dose está abaixo dos 20%.
Com a epidemia em alta e um crescente número de casos graves, autoridades reforçam a necessidade de eliminação de criadouros do mosquito e de medidas de proteção individual, especialmente para os mais vulneráveis, como bebês e idosos.