O mês de Março é marcado pela campanha do Março Azul, que tem como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer colorretal.
De acordo com o Dr. Ernani Belluzzi, gastroenterologista Especialista em Endoscopia Digestiva pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, este tipo de câncer é o segundo que mais mata no Brasil, com mais de 45 mil casos anuais e tendência de aumento devido ao envelhecimento da população.
O câncer colorretal afeta o intestino grosso e o ânus, sendo um dos tumores mais frequentes no mundo. No Brasil, é o segundo tipo de câncer mais comum tanto em homens quanto em mulheres. Segundo o Dr. Ernani Belluzzi, a maior incidência ocorre em pessoas acima dos 45 anos ou naquelas com histórico familiar da doença. “O grande problema é que 85% dos diagnósticos no Brasil são feitos em estágios avançados, reduzindo significativamente as chances de cura”, alerta o especialista.
FATORES
DE RISCO
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer colorretal incluem Idade acima de 50 anos; histórico familiar da doença; alimentação rica em gorduras e pobre em fibras; consumo excessivo de carnes processadas e ultraprocessados; sedentarismo; tabagismo e consumo frequente de bebidas alcoólicas.
MEDIDAS
PREVENTIVAS
Para reduzir os riscos da doença, é essencial adotar um estilo de vida saudável. O Dr. Ernani recomenda: evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool; praticar atividades físicas regularmente; manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras e com baixo consumo de carne vermelha; realizar exames de rastreamento a partir dos 45 anos ou antes, caso haja histórico familiar
SINAIS DE
ALERTA
De acordo com o especialista, os sintomas do câncer colorretal podem incluir sangue nas fezes; alteração do hábito intestinal (diarreia ou constipação prolongada); dor abdominal persistente, perda de peso inexplicada, cansaço excessivo e anemia.
“O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. O exame principal para a detecção da doença é a colonoscopia, que permite identificar e remover pólipos (lesões que podem originar o câncer) antes que evoluam para um tumor maligno”, informa o médico.
CHANCES
DE CURA
O tratamento do câncer colorretal depende do estágio em que a doença é diagnosticada. Em fases iniciais, a remoção dos pólipos por colonoscopia pode ser suficiente. Nos casos mais avançados, podem ser necessários procedimentos cirúrgicos, quimioterapia e radioterapia.
“A taxa de cura pode variar de 10% a 95%, dependendo do estágio da doença no momento do diagnóstico. Quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de tratamento bem-sucedido”, destaca o Dr. Ernani Belluzzi.
Segundo ele, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais na luta contra o câncer colorretal. O Março Azul reforça a importância da conscientização sobre a doença e da necessidade de exames regulares. Seguir as orientações médicas e adotar hábitos saudáveis são medidas essenciais para reduzir os riscos e aumentar as chances de uma vida longa e saudável.