
O padre Denismar Rodrigo, condenado por manter um acervo de pornografia infantil em sua residência, deixou oficialmente o clero da Diocese de Marília. A decisão ocorre pouco mais de seis anos após sua ordenação e foi autorizada pelo Vaticano.
Denismar foi ordenado em 2018 e exerceu atividades pastorais em uma paróquia da Diocese até julho de 2019, quando foi detido em Tupã, sua cidade natal. No mesmo dia, ele deixou a cadeia após pagamento de fiança e passou a responder ao processo em liberdade. Desde então, afastou-se das funções em uma paróquia na zona sul de Marília, mas manteve vínculo direto com a Diocese, mesmo após sua condenação em 2023.
A Justiça determinou uma pena de um ano, convertida em obrigações cautelares que posteriormente foram suspensas. Apesar de negar ser responsável pelo acervo de pornografia infantil, Denismar recorreu da decisão e teve alguns recursos negados pelo Tribunal de Justiça. Ele levou a discussão para instâncias superiores em Brasília.
Durante esse processo, o ex-padre enviou uma carta ao Vaticano solicitando seu desligamento da Igreja. Segundo informações divulgadas pela Cúria Diocesana de Marília, o pedido foi aceito pela Sé Apostólica. "O padre Denismar recebeu a resposta afirmativa da Sé Apostólica e, por isso, não pertence mais ao clero diocesano de Marília. Por conseguinte, está dispensado das ordens sacras e das promessas sacerdotais, inclusive do celibato", informou a Cúria em nota oficial.
Com a decisão, Denismar Rodrigo está liberado de seus votos religiosos e pode seguir um novo caminho fora da Igreja.