Justiça Crime
Justiça nega liberdade provisória a PM acusado de homicídio no Rodeio de Marília
Decisão reforça gravidade do caso e necessidade de prisão para garantia da ordem pública
05/12/2024 11h23
Por: Redação Fonte: Garça em Foco

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio da 2ª Vara Criminal de Marília, rejeitou o pedido de liberdade provisória do policial militar Moroni Siqueira Rosa, de 37 anos, acusado de homicídio durante a festa de peão de Lácio. A decisão considerou a soltura como "temerária", destacando a gravidade das circunstâncias do crime e a necessidade de manter o réu preso para assegurar a condução adequada do processo.

Contexto do Crime

Moroni é acusado de matar o técnico agrícola Hamilton, de 29 anos, e de ferir outras duas pessoas durante o evento. Segundo o juiz Paulo Gustavo Ferrari, o policial, em estado de embriaguez, utilizou sua arma de serviço – uma pistola Glock .40 – para cometer o crime, demonstrando, conforme a denúncia, "total desprezo pela vida alheia e pela segurança dos presentes".

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), representado pelo promotor Rafael Abujamra, o incidente começou com um esbarrão entre Moroni e a vítima, que evoluiu para uma discussão. O policial teria disparado três vezes contra Hamilton, atingindo-o frontalmente. Mesmo após a tentativa de fuga da vítima, ele disparou mais uma vez, pelas costas.

Os tiros foram efetuados em meio a uma multidão, colocando outros participantes do evento em risco. Dois deles foram atingidos de raspão, segundo o MP-SP.

Decisão Judicial e Andamento do Caso

Na decisão, o magistrado destacou que o crime, cometido por um agente público em serviço, agrava a situação e reforça a necessidade de prisão preventiva para preservar a ordem pública.

Além disso, a ausência de uma testemunha em audiência no último dia 26 motivou o MP-SP a solicitar sua condução coercitiva, obrigando-a a comparecer na próxima sessão, marcada para o dia 28 de janeiro de 2025.

Próximos Passos

A instrução, os debates e o julgamento terão continuidade na data marcada, quando novas provas e depoimentos poderão ser apresentados. O caso, que repercutiu amplamente na região, levanta debates sobre o uso indevido de armas de serviço e a responsabilidade de agentes de segurança pública em situações de conflito.