A quinta-feira (5) amanheceu sob uma densa camada de fumaça que cobriu Garça e diversas cidades da região, resultado das intensas queimadas que se espalham pelos municípios vizinhos. Entre as cidades mais afetadas estão Marília, Pompeia, Vera Cruz, Álvaro de Carvalho e Júlio Mesquita. Com ventos que ultrapassam os 50 km/h, a situação tende a se agravar, levando fuligem e poluentes para áreas urbanas.
Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a qualidade do ar sofreu uma deterioração significativa nas últimas 24 horas. O índice de poluição passou de "moderado" para "ruim", o que coloca em alerta principalmente pessoas com problemas respiratórios, crianças e idosos. A exposição prolongada à poluição pode agravar doenças respiratórias, além de causar desconforto e irritação nas vias aéreas, mesmo em indivíduos saudáveis.
Conforme informações do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), há pelo menos cinco focos de incêndio ativos na região, sendo o maior deles em Pompeia, na zona rural. As chamas começaram no sábado (31) e, apesar dos esforços, ainda não foram controladas. Além dos riscos à saúde, as queimadas também prejudicam a circulação nas rodovias, especialmente no trecho entre Garça e Álvaro de Carvalho, onde o trânsito já foi impactado.
Durante a noite, a situação pode se agravar devido à combinação da fumaça com o sereno, além da falta de visibilidade nas estradas. O Garça em Foco recomenda que seus leitores evitem trafegar pelas rodovias da região à noite, quando o risco de acidentes aumenta.
De acordo com a previsão do Climatempo, não há expectativa de melhora no clima nos próximos dias. A umidade do ar deve continuar baixa, e o risco de novos focos de incêndio permanece elevado. Diante dessa situação, é essencial manter a hidratação e redobrar os cuidados com crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Há relatos de que escolas e cursos em Garça estão liberando os alunos na quinta e sexta-feira devido às condições críticas do tempo. Enquanto a normalização não ocorre, os moradores da região enfrentam dias difíceis, marcados pela fuligem no ar e pelas constantes preocupações com sua saúde e segurança nas estradas.
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