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Sindicato prevê quebra na produção de café na região de Garça na colheita 2024/2025

Produtores da região e corretores locais, estimam uma redução da safra de café na região de Garça, na colheita 2024/2025. Segundo estimado, a redução deve ficar entre 30% e 35%.

Por: Redação Fonte: Sindicato Rural de Garça
15/07/2024 às 08h39
Sindicato prevê quebra na produção de café na região de Garça na colheita 2024/2025
Foto meramente ilustrativa

A imprensa especializada divulgou um alerta feito pelo presidente do Sindicato Rural de Garça, Jose Estevão Giacomini, que, no uso das atribuições que lhe confere o  estatuto da entidade, fez um comunicado, informando e alertando os associados e o mercado cafeeiro sobre a significativa quebra na safra de café arábica na região de Garça durante a temporada 2024/2025.

“Conforme nossas sondagens realizadas junto aos nossos cafeicultores associados, produtores da região e  corretores locais, estimamos uma redução da safra entre 30% e 35%. Esta redução também é observada em lavouras  irrigadas. Vale destacar que a colheita em andamento já atingiu cerca de 50% da área plantada, o que confirma a  tendência de queda significativa na produção”, coloca ele no documento.

De acordo com o presidente, as principais causas desta queda na produção foram as altas temperaturas  registradas desde novembro de 2023, com vários dias apresentando temperaturas entre 38 e 40 graus por períodos  prolongados, combinadas com longos períodos de estiagem durante o enchimento dos frutos, após a fase de chumbinho  e durante o crescimento dos frutos.

Estes fatores, pontuou Giacomini, resultaram na má formação dos frutos, que se apresentam pequenos e  com baixa peneira devido à má granação. Durante meses, as lavouras de café foram severamente afetadas pela falta de  chuvas, resultando em um déficit hídrico substancial que comprometeu a fenologia e o desenvolvimento adequado dos  frutos.

Para ilustrar, ele cita que, entre 01 de setembro de 2022 e 30 de abril de 2023, a precipitação totalizou 1.132 mm, enquanto  entre 01 de setembro de 2023 e 30 de abril de 2024, foi de apenas 878 mm. 

“Este cenário impacta diretamente a oferta de  café no mercado, reduzindo significativamente a quantidade disponível para comercialização, pois não há estoques  remanescentes”, coloca o presidente.

“Considerando uma área de 19.000 hectares (fonte IBGE 2022), abrangendo os municípios de Álvaro de  Carvalho, Alvinlândia, Cafelândia, Duartina, Fernão, Gália, Garça, Guarantã, Júlio Mesquita, Lucianópolis, Lupércio,  Marília, Ocauçu, Pirajuí e Vera Cruz, verificamos que, em anos normais, são necessários entre 100 a 120 kg de café em  coco seco com 11% de umidade para produzir uma saca de 60 kg de café beneficiado. Nesta safra 2024/2025, são  necessários entre 150 a 170 kg de café em coco seco para a mesma quantidade. Assim, considerando uma média de 30  sacas por hectare, a produção estimada seria de 570.000 sacas. Portanto, podemos afirmar que haverá uma quebra de 171.000 a 199.500 sacas”, coloca ele no documento.

Giacomini afirma estar certo de contar com o empenho e a colaboração de todos para enfrentar esta adversidade. 

“Colocamo-nos à disposição para fornecer quaisquer informações adicionais que se façam necessárias. As informações destacadas neste ofício contaram com a valiosa contribuição dos agrônomos Tiago de Lucca  Sartori e Marco Aurelio Casagrande, e dos corretores Luís Saluti e Jose Luís Burato”, finalizou ele.

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