Entre os 18 municípios da Região Geográfica Imediata de Marília, apenas Marília está incluída na lista de 1.942 cidades brasileiras em risco de desastre ambiental. Este mapeamento, atualizado pelo governo federal, destaca as áreas suscetíveis a deslizamentos de terra, alagamentos, enxurradas e inundações, com o objetivo de orientar futuras obras de infraestrutura previstas no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A Região Geográfica de Marília inclui:
No Brasil, o mapeamento identificou 1.942 municípios em risco de desastres naturais, representando quase 35% do total. Marília é a única cidade da região a figurar nesta lista, com cerca de 11.499 de seus 235 mil moradores vivendo em áreas de risco. Essas áreas incluem 19 favelas e regiões com urbanização inadequada, como as proximidades do Ceagesp e o Jardim Planalto, onde a falta de infraestrutura de drenagem agrava a situação durante chuvas intensas.
O estudo, coordenado pela Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, revelou que mais de 8,9 milhões de brasileiros vivem em áreas de risco, representando 6% da população nacional. Este levantamento, que ampliou o número de cidades mapeadas em 136% desde 2012, destaca a vulnerabilidade das populações de baixa renda, frequentemente afetadas por desastres ambientais devido à urbanização desordenada.
O estudo recomenda uma série de ações governamentais para minimizar os impactos dos desastres, como a ampliação do monitoramento, sistemas de alerta e a atualização anual dos dados de risco. O Novo PAC é visto como uma oportunidade para melhorar a gestão de riscos e prevenir futuros desastres, com investimentos previstos em contenção de encostas, macrodrenagem e controle de cheias.
Entre 1991 e 2022, o Brasil registrou 23.611 desastres ambientais, resultando em 3.890 óbitos e 8,2 milhões de desalojados ou desabrigados. Em Marília, eventos como enxurradas já causaram alagamentos significativos, com incidentes registrados em ruas como Reverendo Crisanto César e Domingos Jorge Velho.