Há mais de 30 anos, a cidade de Garça se viu envolta em uma história curiosa: a aparição de um lobisomem. Os boatos circularam pela cidade por semanas até que o jornal Folha de Garça publicou a notícia em uma sexta-feira e em um sábado, dias 5 e 6 de abril de 1991. Segundo a matéria, quatro vigias da prefeitura e dois guardas noturnos afirmaram ter visto a criatura, o que aumentou a curiosidade e o "desespero" de várias pessoas. (veja a matéria do jornal abaixo)
De acordo com a notícia publicada na época, a transformação do homem em lobisomem ocorria em uma quarta ou sexta-feira à noite, em um lugar onde havia um cavalo deitado. A partir daí, todas as sextas-feiras, por volta da meia-noite, a criatura aparecia em sete cemitérios de igreja, sete vilas e sete encruzilhadas, antes de retornar ao mesmo lugar onde se transformou para voltar a ser homem.
Para aguçar ainda mais a curiosidade dos leitores, o jornal ofereceu uma premiação de 100 mil cruzeiros para quem conseguisse tirar uma foto colorida do lobisomem. O professor de educação artística Nicola Rozário foi convidado para ilustrar a matéria do jornal, criando uma imagem que se tornou marcante na história dos noticiários de Garça.
No entanto, alguns dias depois, a verdade foi revelada. Não se tratava de um lobisomem, mas sim de um tamanduá que estava perdido e aparecia em horários de menor movimentação em busca de comida e de um caminho de volta ao seu habitat natural. A história que inicialmente causou medo na população se tornou engraçada e hoje é lembrada como uma curiosidade do passado.
As imagens dessa história inusitada fazem parte do acervo da Memória Garcense e continuam a ser compartilhadas até hoje como uma lembrança das histórias curiosas e divertidas da cidade de Garça.