A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da Polícia Civil de Marília identificou um morador de 34 anos, residente na zona sul da cidade, acusado de criar falsas imagens pornográficas utilizando o rosto de mulheres locais. O homem irá responder a processos por diversos crimes, incluindo falsidade ideológica.

Funcionárias de uma grande empresa alimentícia da cidade descobriram, no primeiro semestre deste ano, montagens com suas fotos nas redes sociais. As imagens modificadas mostravam os rostos das vítimas sobre corpos nus que não lhes pertenciam, com algumas cenas sendo de nudez e outras de sexo explícito. O perfil 'fake' responsável pelas postagens foi encontrado no Facebook.

A delegada Viviane Yoneda Sponchiado, responsável pela DDM de Marília, afirmou que após uma investigação policial, o aparelho celular utilizado nas postagens foi apreendido e será submetido a exame pericial para identificar outras montagens e possíveis vítimas.

O investigado enfrentará processo por montagem e compartilhamento de cenas íntimas, além de falsidade ideológica devido ao uso de dados falsos na criação do perfil falso nas redes sociais. Desde 2018, é considerado crime realizar montagens com o objetivo de incluir uma pessoa em cenas íntimas ou de nudez no Brasil.

A delegada ressaltou que o compartilhamento desse material sem o consentimento da vítima também é crime, com penas que podem chegar a seis anos de prisão, além de causas de aumento de pena. Ela alertou para a seriedade do crime e destacou que a falsa sensação de segurança proporcionada pela internet contribui para a proliferação desse tipo de delito. Casos recentes, inclusive envolvendo celebridades como a atriz Isis Valverde, demonstram a necessidade de conscientização sobre os impactos emocionais severos que as vítimas podem sofrer.

A delegada enfatizou que a exposição nas redes sociais pode acarretar prejuízos irreversíveis e mundialmente difundidos. O alerta é especialmente dirigido aos adolescentes, aconselhando o uso das redes sociais com supervisão.