Um caminhoneiro gaúcho de 46 anos passou por momentos de terror durante a semana de seu aniversário ao se tornar vítima de uma quadrilha de criminosos que o sequestrou após cair no golpe do falso frete. O incidente ocorreu na quinta-feira passada, e a vítima foi mantida refém por aproximadamente 36 horas enquanto sua carreta, de sua propriedade, era roubada sem que houvesse registro na polícia.

O caminhoneiro, que trabalha em uma empresa de insumos agrícolas e é dono do veículo, relatou que após descarregar sua carga em Campos Novos Paulista, recebeu uma mensagem em um aplicativo de fretes informando que estaria disponível para um novo serviço em Marília.

Ao chegar no local indicado, no distrito industrial, na tarde de quinta-feira, ele foi abordado por um homem que afirmava ser o inspetor da empresa que havia solicitado o frete. O suposto inspetor estava uniformizado para não levantar suspeitas, mas era, na verdade, parte do plano da quadrilha. Rapidamente, outros comparsas surgiram, forçando o caminhoneiro a entrar em um carro, onde foi amarrado e tiveram seus olhos cobertos com adesivos para evitar que identificasse os criminosos. Ele foi então levado para um local de cativeiro e permaneceu amarrado por 36 horas.

Enquanto a vítima estava retida, um dos criminosos assumiu a direção da carreta, conseguindo levá-la para um destino desconhecido, possivelmente em outro estado ou até mesmo para fora do país. Surpreendentemente, não houve registro de roubo da carreta, e o último rastreamento da empresa indicou sua localização no Mato Grosso do Sul.

O caminhoneiro só foi libertado na madrugada de sábado, quando foi amarrado a uma árvore às margens da rodovia SP-333, no sentido Júlio Mesquita. Ele conseguiu se soltar algum tempo depois e pediu socorro na portaria de um motel próximo, cujo funcionário acionou a Polícia Militar.

Até o momento, a carreta roubada, uma Scania G-400 ano 2014, ainda não foi localizada, e as autoridades estão investigando o caso para identificar e prender os responsáveis pela ação criminosa. O caminhoneiro passa bem, mas a experiência traumática deixou marcas em sua vida, enquanto a busca pela recuperação de seu veículo continua.