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Subseções da OAB SP, incluindo Garça, se mobilizam contra PL que propõe aumento das taxas judiciárias

Desde o ano passado, 66 subseções se mobilizaram com os representantes estaduais para sensibilizá-los da importância e gravidade da aprovação sem a devida discussão pública.

Por: Redação Fonte: Acig
19/05/2023 às 07h56 Atualizada em 19/05/2023 às 08h29
Subseções da OAB SP, incluindo Garça, se mobilizam contra PL que propõe aumento das taxas judiciárias

Diversas casas da advocacia de cidades do interior, incluindo Garça, iniciaram um movimento nas Câmaras Municipais de suas cidades contra a votação do Projeto de Lei (PL) que propõe aumento das taxas judiciárias do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Até o momento 37 Subseções conseguiram moções de repúdio das Câmaras de Vereadores contra o PL. Desde o ano passado, 66 subseções se mobilizaram com os representantes estaduais para sensibilizá-los da importância e gravidade da aprovação sem a devida discussão pública. Para a OAB SP, não há clara indicação dos custos da prestação jurisdicional por processo e da destinação dos valores. Tampouco houve exposição dos déficits existentes a serem neutralizados pelos aumentos de custas e, em especial, qual a destinação do dinheiro que será cobrado a mais da população.

Defesa da classe e da cidadania

No último dia 10 de maio, a OAB SP esteve presente na reunião do Colégio de Líderes da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) para pedir que a casa legislativa debata de forma ampla o PL 752/21. Para a secional paulista, um projeto dessa magnitude precisa ser discutido de maneira minuciosa, já que impactará significativamente os custos dos processos judiciais e, consequentemente, o acesso à Justiça. A presidente da secional paulista, Patrícia Vanzolini, e o vice-presidente, Leonardo Sica, apresentaram as razões pelas quais o projeto de aumento das taxas judiciárias exige um debate mais amplo e dúvidas da Advocacia sobre a aplicação dos recursos, como quais cálculos foram feitos pelo TJSP para fixar as novas taxas. 

“A advocacia e o cidadão paulistas serão fortemente afetados pelo aumento das custas. Por isso, é necessário que se faça um debate sem pressa, com amplas discussões com a sociedade”, afirmou Vanzolini. Leonardo Sica, que também esteve presente no Colégio de Líderes e em reuniões anteriores na Casa Legislativa, destaca que a OAB SP quer entender quais cálculos a equipe técnica do TJSP fez para chegar às taxas trazidas no PL. 

“Nós, representantes da advocacia paulista, queremos saber também onde estes novos recursos serão aplicados, algo que o PL não explicita em seu texto”. 

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